Que loucura! Quem nas últimas semanas esteve atento aos jornais deve a esta altura estar à beira de um ataque de nervos. O país está em reboliço e a ténue luz que existia ao fundo do túnel desapareceu agora do nosso alcance. O que é isto? Em poucos dias assistimos a uma enxurrada de más notícias, que atiraram os índices de confiança para níveis historicamente baixos. Despedimentos, falências, fraudes, corrupção, greves, descrédito total. E nem o esforço exigido nos últimos anos em nome do défice público parece ter valido de alguma coisa, agora que ficou mais difícil e caro o financiamento dos bancos nacionais. No meio de tudo isto, a caso Freeport só vem adensar o clima de medo e de perda de esperança nacional. Se é certo que a verdade deve vir ao de cima, custe o que custar, também não deixa de ser verdade que um cenário de eleições antecipadas atiraria o país para um novo 2001, altura em que Guterres bateu com a porta. O vazio político da oposição não augura nada de bom para os próximos tempos e a perda de capacidade produtiva das empresas nacionais só indicia que será necessário um grande esforço para tirar da lama este carro chamado Portugal. Os portugueses que se preparem: este país não é (nem será tão cedo) para velhos…
RVF
RVF
2 comentários:
Acredito que ninguém é indiferente ao actual cenário de crise mundial. E, sobretudo, às notícias que ultimamente marcam a agenda dos média sobre o estado da nossa nação. A crónica de uma catástrofe nacional está definitivamente instalada, seja em casa, no escritório ou nas conversas de café. Resta-nos acreditar nos arrojados e na sua capacidade de reinventar o negócio. Felizmente, há quem não esmoreça esforços para continuar a dinamizar as empresas, gerando emprego e bem-estar social. Serão suficientes? Não sei. Ninguém sabe. Certo é que desses casos não “têm rezado” as notícias dos últimos tempos.
EC
A expressão "Velhos do Restelo" é por demais conhecida. Em Portugal, o nacional-pessimismo é reinante e são poucos os que têm a clarividência de olhar para os bons exemplos e de levantar o queixo para seguir em frente. Pior ainda: são muitos os mesquinhos e merceeiros que se aproveitam da crise para ganhar mais umas côdeas, descurando que mais tarde pagarão um preço mais elevado. Como dizem os mais sábios, é nos tempos de crise que se vê quem é quem.
Edgar Correia
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