segunda-feira, 16 de março de 2009

O mundo em rede


O fenómeno das redes sociais está em franca expansão. Pessoas e marcas posicionam-se na rede em busca de espaço, notoriedade e links que lhes abram novas redes, novos links. O fenómeno não é novo, mudou apenas o suporte em que este novo mundo se desenvolve. Já não são (apenas) os cafés que marcam territórios, grupos, tribos, mas também (e principalmente) as redes sociais na Internet. E como em tudo na vida há ainda os que não acordaram para o fenómeno; os que já marcaram posição, mas com uma tímida presença; e os que fazem destas novas ferramentas um fortíssimo utensílio de promoção e afirmação. No meio de tudo isto, começa a nascer uma tendência, um reflexo dos novos tempos em que ser jornalista é cada vez mais um sentimento do que o resultado de uma acção. Dizia alguém há uns dias no Twitter (penso que o Esgravatar), e com toda a pertinência, que as pessoas se ocupam a ler jornais escritos por estagiários quando os verdadeiros jornalistas estão no Twitter e no Facebook. A verdade é que as novas redes sociais vieram destapar uma vasta panóplia de opinion makers virtuais, muitos deles de enorme valor, mas que por um motivo ou por outro não saltaram para os media no momento certo, ou deles tiveram que sair. Uma realidade que revela friamente o potencial comunicativo de um enorme sector chamado “comunicação social”, mas onde poucos conseguem afirmação “oficial”. A prova é que o país e o mundo tentam encontrar formas, mais ou menos tecnológicas, de separar e retirar das redes o vasto conteúdo válido, assim como em tempos os motores de busca conseguiram orientar e motivar os muitos que na Net já andavam à deriva. Ficámos e ficaremos todos a ganhar.

RVF

5 comentários:

Anónimo disse...

Claro que há quem nunca ouviu falar das já famosas tribos, quem comece a levantar a ponta do véu, arriscando uma presença tímida, e quem domine as ferramentas das novas redes socais como poucos. Mas, na minha opinião, há também os que, por opção, acompanham o fenómeno à distância e preferem manter a discrição. Até porque muitas dessas redes não são mais do que alimento para egos amachucados. Basta ver a quantidade de confidências que são colocadas on-line. A exposição alheia da vida privada está a sobrepor-se, em muitos desses casos, à partilha de conhecimentos, ideias e conteúdos efectivamente válidos. Há muitos assuntos a circular nas redes que merecem, como diria o Eduardo, “uma passagem para o caixote do lixo mais próximo”. Ficam os poucos mas bons exemplos, alguns de grandes jornalistas nacionais, para minimizar a futilidade do que se escreve no twitter, facebook e afins…
EC

Eduardo Pamplona disse...

Neste momento, as redes sociais, os blogues, as ferramentas web e uma outra panóplia de conceitos e novidades que estão a explodir na Internet, são considerados como novos canais. Têm potencial, demonstram vanguardismo, mas continuam a ser olhados por muitos apenas dessa forma: como novas tendências que valem a pena acompanhar, mas que não substituem os canais que há tanto tempo utilizámos.
No entanto, a Internet e tudo o que ela encerra, já começou, subtilmente, a mudar a comunicação e a forma como se faz comunicação. Alguns, felizmente, já perceberam a mudança. Outros ainda estão a pagar para ver.
Discussões à parte, penso que aqueles que primeiro perceberem a mudança, aqueles que forem capazes de descortinar a forma como comunicaremos daqui a cinco anos, serão os primeiros a colher os louros. E a mudança passará pela Internet, seja através das ferramentas que hoje já muitos utilizam ou de outras que certamente surgirão.

Anónimo disse...

Ainda que por alguns considerada apenas como tendência, vanguardismo ou moda digital, a transformação do paradigma da comunicação é evidente: o Twitter como o telex do sec. XXI; os blogs como fenómeno de participação social na informação; as ferramentas multimédia como nova abordagem ao infografismo visualmente rico e, por último mas vital, a irreversível transformação social e económica dos novos escalões demográficos que já não lêem jornais!

http://webilidade.wordpress.com/2009/03/18/jornalismo-e-o-papel-digital-um-novo-paradigma-de-negocio/

Mário Barros disse...

E que tal um pouco de calma? Essa história dos jornalistas e dos fornecedores de informação para a net tem muito que se lhe diga, porque, apesar de ser uma ferramenta muito importante para a comunicação nos dias que correm, ainda têm muito caminho a palmilhar para serem comunicação social. Daria pano para mangas a conversa sobre twitter's e outras tralhas do género, mas creio que o trabalho que eu tenho a filtrar a informação que me chega às mãos via net ainda não compensa o belo do papel. A net é uma boa forma de comunicar, mas vamos com cuidado. Nem tudo o que é net é de ouro.

Anónimo disse...

que e mundo em rede???????????????????????